Alexandra e Alexandre
a) JUSTIFICAÇÃO DO TÍTULO DO CONTO
Miguel Torga deu como título ao conto «Tenório», porque esse é o nome do galo protagonista da história. A palavra Tenor designa uma voz masculina, a mais aguda que se pode produzir. Ao dar este nome ao galo o autor quis destacar, provavelmente, o seu belo canto na capoeira: “Cá-que-rá-cá!... O som desta vez pareceu-lhe mais são, mais seguro. E acariciou por momentos o desenho fino e agudo das notas que lhe ficaram a ressoar nos ouvidos maravilhados.” (p. 65)
b) IDENTIFICAÇÃO DA MENSAGEM DO CONTO
A mensagem do conto é que ninguém é indispensável na vida. Todos nascemos para cumprir uma função e a pouco e pouco, naturalmente, cedemos o nosso lugar. Nada na vida é eterno, e isso é válido tanto para o homem como para o animal. Neste conto, o poder do galo Tenório é pois efémero, como qualquer poder, e o galo com a velhice vai ver-se, com algum sofrimento, substituído pelo seu próprio filho. O sofrimento de Tenório é compreensível. Se o galo se tivesse preparado para essa situação de ceder o poder talvez não tivesse sofrido tanto. Torga deixa-nos este recado: há que aceitar a efemeridade do poder.
c) IDENTIFICAÇÃO DA CRÍTICA SOCIAL
d) IDENTIFICAÇÃO DA ATUALIDADE DO CONTO (da mensagem, da crítica...)
e) ESQUEMATIZAÇÃO DAS IDEIAS DO CONTO
f) IDENTIFICAÇÃO DA ANTROPOMORFIZAÇÃO NO CONTO
g) 3 IMAGENS CARACTERIZADORAS DO CONTO
h) 2 QUESTÕES SOBRE O CONTO (que vão integrar o questionário da exposição)
1) Porque é que Tenório é considerado como sendo um animal vaidoso?
2) Quem substitui Tenório no fim do conto?
SITOGRAFIA DAS IMAGENS PRESENTES NESTA POSTAGEM POR ORDEM DE APRESENTAÇÃO:
a) JUSTIFICAÇÃO DO TÍTULO DO CONTO
Miguel Torga deu como título ao conto «Tenório», porque esse é o nome do galo protagonista da história. A palavra Tenor designa uma voz masculina, a mais aguda que se pode produzir. Ao dar este nome ao galo o autor quis destacar, provavelmente, o seu belo canto na capoeira: “Cá-que-rá-cá!... O som desta vez pareceu-lhe mais são, mais seguro. E acariciou por momentos o desenho fino e agudo das notas que lhe ficaram a ressoar nos ouvidos maravilhados.” (p. 65)
b) IDENTIFICAÇÃO DA MENSAGEM DO CONTO
A mensagem do conto é que ninguém é indispensável na vida. Todos nascemos para cumprir uma função e a pouco e pouco, naturalmente, cedemos o nosso lugar. Nada na vida é eterno, e isso é válido tanto para o homem como para o animal. Neste conto, o poder do galo Tenório é pois efémero, como qualquer poder, e o galo com a velhice vai ver-se, com algum sofrimento, substituído pelo seu próprio filho. O sofrimento de Tenório é compreensível. Se o galo se tivesse preparado para essa situação de ceder o poder talvez não tivesse sofrido tanto. Torga deixa-nos este recado: há que aceitar a efemeridade do poder.
c) IDENTIFICAÇÃO DA CRÍTICA SOCIAL
Neste conto, o autor pode ter querido denunciar a vaidade
de alguns seres vivos. O protagonista dessa história era um galo demasiado
vaidoso. Toda gente sabe que os galos representam muito bem a vaidade, tanto
pelas suas caraterísticas físicas (crista) como psicológicas (canto e
sentimento de superioridade no reino que é a capoeira). Com o seu canto, o
galo, tenta impor- se diante dos outros. Algumas pessoas, nos dias de hoje,
ainda se acham superiores aos outros, tanto pela profissão que têm como pela
vida pessoal que levam. Ora tudo tem um fim e é bom não o esquecermos.
d) IDENTIFICAÇÃO DA ATUALIDADE DO CONTO (da mensagem, da crítica...)
A sociedade de hoje critica e julga com muita facilidade.
Certas pessoas têm a tendência de se acharem superiores aos outros, ainda há
muitos tenórios na nossa sociedade. Muitas pessoas são vaidosas e orgulhosas,
não sabem ser humildes, procuram sempre rebaixar os que consideram ser
inferiores. Tentam, em cada ocasião, ter a última palavra e gostam de mostrar
que sabem sempre tudo ou pelo menos mais do que os outros. Tenório pensava que
era o único a ter um dom e a poder cantar dessa maneira. “Vaidoso e seguro de
si, como é natural, já não cantava ao amanhecer. Cantava ao dar a meia-noite,
às tantas da manhã, e várias vezes pelo dia fora.” (p. 68) Nunca perdia a
oportunidade de mostrá-lo ou de se impor aos que o rodeavam. “À meia-noite, era
por simples exibição.”(p. 68) A vaidade cegou-o tanto que nunca suspeitou que o
seu próprio filho o ia substituir um dia e apressar a sua morte. O choque foi
tremendo: “O filho, outra vez. Aquele maldito filho, que a dona não depenara
juntamente com os outros irmãos.” (p. 71)
e) ESQUEMATIZAÇÃO DAS IDEIAS DO CONTO
f) IDENTIFICAÇÃO DA ANTROPOMORFIZAÇÃO NO CONTO
Neste conto encontramos a antropomorfização, pois são vários
os momentos em que encontramos caraterísticas dos seres humanos nos animais.
Quando Tenório começa a interessar-se pelo filho, ele pensa e exprime-se como
se fosse um ser humano a falar: “Era o senhor menino, então, que começava a pôr
as unhas de fora! Ah, mas saía- lhe cara a brincadeira! Oh, se saía! Garoto! Um
chafedes, ainda com os cueiros agarrados ao rabo e a fazer-se fino! Ele que o apanhasse com a boca
na botija!...” (pp. 70-71); “O filho, outra vez. Aquele maldito filho, que a
dona não depenara juntamente com os outros irmãos.” (p. 71)
g) 3 IMAGENS CARACTERIZADORAS DO CONTO
“Esta é a história verdadeira de Tenório, o galo.” (p. 63)
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“Vaidoso e seguro de si, como é natural, já não cantava
ao amanhecer. Cantava ao dar a meia-noite, às tantas da manhã, e várias vezes
pelo dia fora.”(p. 68)
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“ Era o senhor
menino, então, que começava a pôr as unhas de fora!” (p. 70)
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h) 2 QUESTÕES SOBRE O CONTO (que vão integrar o questionário da exposição)
1) Porque é que Tenório é considerado como sendo um animal vaidoso?
a)
Porque tem o dom de cantar bem.
b)
Porque sabe dançar e pular.
c)
Porque a dona lhe trata das penas.
a)
O seu filho.
b)
O seu neto.
c)
O seu primo.
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SITOGRAFIA DAS IMAGENS PRESENTES NESTA POSTAGEM POR ORDEM DE APRESENTAÇÃO:
- imagens 1 e 2: http://cesarsousafba.blogspot.fr/2012/03/os-bichos-miguel-torga.html, consultado a 28-4-2014.
- imagem 3: http://confrariadobaraodegourmandise.blogspot.fr/2010/12/missa-do-galo-anuncia-tambem-hora-que.html, consultado a 28-4-2014.
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